ÍNDICES ECONÔMICOS NO CONFINAMENTO DE ANIMAIS ½ SANGUE ANGUS X NELORE TERMINADOS NAS ÉPOCAS DA SECA E ÁGUAS.
1 de abril de 2024
A busca pela lucratividade na atividade pecuária tem levado os pecuaristas a explorarem a terminação de animais durante o período das águas. Objetivou-se com esse trabalho avaliar os índices econômicos de animais Cruzados x Nelore confinados nas épocas da seca e águas. Os dados utilizados foram provenientes do confinamento Nossa Senhora Aparecida, localizado no município de Martinópolis – SP, no ano de 2021. A análise econômica foi desenvolvida utilizando-se as médias dos dados do confinamento: custo operacional efetivo, custo operacional total, custo total, receita total, margem bruta, a margem líquida, resultado do ganho de @ no confinamento, depreciação, despesas com: mão de obra, manejo sanitário, energia elétrica, combustível, custo de oportunidade, custo das @ produzidas (calculado a partir da soma do custo alimentar, custo administrativo multiplicado pelos dias de confinamento dividido pelo ganho em arrobas), o resultado das @ compradas (v𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑎 @ 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎 – custo 𝑑𝑎 @ 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎𝑑𝑎) x número de @ compradas) e a diária do confinamento. A diferença para o custo com alimentação nas duas épocas estudadas foi de R$ 207,28 reais, logo pode-se recomendar, quando possível, que a compra dos alimentos usados durante todo o ano (seca e águas) seja realizada no período da seca (safra dos grãos) ou quando os preços estiverem mais acessíveis, isso contribui para que o custo alimentar nas águas, não seja tão alto e possibilite realizar o confinamento nas duas épocas. A viabilidade do sistema de confinamento pode ser determinada a partir dos custos referentes ao valor de venda da arroba, custo das arrobas compradas e produzidas no confinamento. É interessante que os valores de compra e produção sejam menores que o valor pago pelas arrobas vendidas. No presente estudo, tanto na estação seca quanto na estação chuvosa, os custos por arroba produzida (R$233,30 e R$246,65, respectivamente) foram inferiores ao valor de venda por arroba, garantindo assim um saldo positivo durante a estação seca e durante a estação chuvosa não houve diferença. Por outro lado, os custos por arroba adquirida (R$319,71 na seca e R$393,37 na chuva) excederam o valor de venda por arroba (R$318,37 na seca e R$324,97 na chuva) em ambas as estações, especialmente na estação chuvosa, resultando em prejuízo no saldo das arrobas compradas durante o confinamento nesse período (R$-752,94). A soma dos resultados das arrobas produzidas e compradas durante a estação seca totalizou R$661,36, favorecendo assim a viabilidade econômica do confinamento nesse período. Já durante a estação chuvosa, o saldo foi de R$-56,61, tornando o confinamento inviável para o ano de 2021 neste período. O confinamento na época das águas não se apresentou viável para o período analisado do ano de 2021.